A dica para saber mais sobre os aspectos cognitivos da leitura é consultar o site do professor Dr. Vilson Leffa que gentilmente escreveu a apresentação do nosso livro e possui vários textos sobre leitura, ensino de línguas e tecnologia. http://www.leffa.pro.br/textos/trabal.htm
O livro "Aspectos da leitura: uma perspectiva psicolinguística" http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/aspectos_leitura.pdf é ótimo para quem está iniciando os estudos sobre leitura.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
2ª EXTRATOS
"As palavras não são meros símbolos convencionais; por meio delas significamos o mundo e nos comunicamos, elas estão diretamente ligadas ao nosso processo de pensamento. Toda palavra,
entidade cognitiva que se materializa na fala ou na escrita, aponta para possibilidades de significados que não são apenas referentes externos ao falante, mas também internos, que compõem a sua cognição." (capítulo 1).
entidade cognitiva que se materializa na fala ou na escrita, aponta para possibilidades de significados que não são apenas referentes externos ao falante, mas também internos, que compõem a sua cognição." (capítulo 1).
terça-feira, 27 de novembro de 2012
2º Blogs/sites interessantes
O blog "Linguagem e Docência" é mantido pelo professor Núbio Mafra do IEL/USP e tem como objetivo discutir as temática: Multiletramentos, Ensino de Língua Portuguesa e Formação de Professores.
O texto "Curso de Letras? Pra quê" de autoria de Marcos Bagno é imperdível. http://linguagemdocencia.blogspot.com.br/
O texto "Curso de Letras? Pra quê" de autoria de Marcos Bagno é imperdível. http://linguagemdocencia.blogspot.com.br/
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
3º Para saber mais: indicação de leitura
Poesia: emoção e razão na escola
Lucilene Bender de Sousa (doutoranda Letras/PUCRS)
Rosângela Gabriel (docente Letras PPGL/UNISC)
Resumo: Neste artigo refletimos sobre a relação emoção e razão na educação e de que forma a leitura de poesias pode ser um instrumento integrador das dicotomias praticadas na escola. Inicialmente, pretendemos desmistificar os termos razão e emoção, buscando explicação de alguns teóricos como Damásio, Gardner e Maturana. Em seguida, pensamos a leitura de poesia como forma de educar o olhar artístico, para fazer emergir os processos de emoção, que são processos de conhecimento, e que contribuem decisivamente para o encantamento do aluno e para sua experiência de leitura. Por último, analisamos a contribuição do devaneio, alimentado pelas imagens da poesia, para os processos de imaginação e criação de si, da arte e da ciência.
Publicado nos anais do III Congresso Internacional de Leitura e Literatura Infantil e Juvenil e II Fórum Latino Americano de Pesquisadores de Leitura
Artigo completo disponível em: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/anais/IIICILLIJ/Index.html
Lucilene Bender de Sousa (doutoranda Letras/PUCRS)
Rosângela Gabriel (docente Letras PPGL/UNISC)
Resumo: Neste artigo refletimos sobre a relação emoção e razão na educação e de que forma a leitura de poesias pode ser um instrumento integrador das dicotomias praticadas na escola. Inicialmente, pretendemos desmistificar os termos razão e emoção, buscando explicação de alguns teóricos como Damásio, Gardner e Maturana. Em seguida, pensamos a leitura de poesia como forma de educar o olhar artístico, para fazer emergir os processos de emoção, que são processos de conhecimento, e que contribuem decisivamente para o encantamento do aluno e para sua experiência de leitura. Por último, analisamos a contribuição do devaneio, alimentado pelas imagens da poesia, para os processos de imaginação e criação de si, da arte e da ciência.
Publicado nos anais do III Congresso Internacional de Leitura e Literatura Infantil e Juvenil e II Fórum Latino Americano de Pesquisadores de Leitura
Artigo completo disponível em: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/anais/IIICILLIJ/Index.html
sábado, 27 de outubro de 2012
2º Para saber mais: indicação de leitura
O programa Text Talk desenvolvido pelas pesquisadoras Beck e McKeown (2005) é um exemplo de uso da leitura mediada como metodologia de ensino. Este é um programa de leitura para séries iniciais integrado a um programa de instrução de vocabulário, que visa a diminuir a lacuna e a diferença de conhecimento lexical existente entre crianças de diferentes níveis socioeconômicos, propiciando a proficiência em leitura por meio do aumento do conhecimento lexical através da leitura de histórias infantis.O método é semelhante ao que adotamos em nosso experimento, embora o tenhamos conhecido depois da realização de nossa pesquisa de campo.
No site http://teacher.scholastic.com/products/texttalk/index.htm encontramos mais informações sobre o material, o programa e artigos/relatórios publicados.
No site http://teacher.scholastic.com/products/texttalk/index.htm encontramos mais informações sobre o material, o programa e artigos/relatórios publicados.
EXTRATOS
Inicio aqui uma nova seção chamada "Extratos" em que postarei trechos do livro "Aprendendo palavras através da leitura".
"Conhecer palavras não é simplesmente conhecer sequências de sons ou conceitos, mas conhecer o que eles representam socialmente. Por isso, existe uma forte relação entre o conhecimento das palavras e a proficiência em leitura, o que vem sendo comprovado por inúmeras pesquisas." (SOUSA, GABRIEL, p.15)
"Conhecer palavras não é simplesmente conhecer sequências de sons ou conceitos, mas conhecer o que eles representam socialmente. Por isso, existe uma forte relação entre o conhecimento das palavras e a proficiência em leitura, o que vem sendo comprovado por inúmeras pesquisas." (SOUSA, GABRIEL, p.15)
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
O problema sempre é não ler
Breve resenha do livro "Aprendendo palavras através da leitura" elaborada pelo jornalista Romar Beling.
http://www.gaz.com.br/blogs/leiturasdemundo/posts/8587-o_problema_sempre_e_nao_ler.html
http://www.gaz.com.br/blogs/leiturasdemundo/posts/8587-o_problema_sempre_e_nao_ler.html
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
RECONHECIMENTO INTERNACIONAL
A dissertação que
deu origem ao livro "Aprendendo palavras através da leitura" é a primeira
referência sobre o assunto em Língua Portuguesa apontada pela base de dados
(Computational) Theories of Contextual Vocabulary Acquisition. A base
é mantida por William J. Rapaport e possui uma vasta
lista de textos sobre aquisição de vocabulário através do contexto. A primeira
referência data de 1884. A base foi uma das principais referências de
pesquisa para a elaboração da dissertação e do livro. Rapaport recebeu
agradecimento especial nos dois trabalhos por sua presteza em ajudar, enviando
inúmeras vezes textos por e-mail.
É uma grande alegria
ter nosso trabalho reconhecido internacionalmente.
Acesso à base de dados:
http://www.cse.buffalo.edu/~rapaport/refs-vocab.html
APRESENTAÇÃO DO LIVRO (Vilson Leffa)
APRESENTAÇÃO
As palavras têm duas funções importantes em nossas vidas: a primeira é representar o mundo como o conhecemos, já pré-construído, o mundo que nos é dado; a segunda função é permitir a construção de um mundo novo, ainda não existente, que começa a
existir a partir da palavra. Usamos, portanto, a palavra não apenas para conhecer o mundo, mas também para construí-lo. Compreender o mundo que nos cerca tal como ele é na sua realidade é tão importante como criar um mundo possível, tal como ele deveria ser, de acordo com o nosso desejo. O domínio da palavra, em seu sentido amplo, é, assim, essencial, tanto para compreender como para construir.
Em seu sentido mais restrito, palavra é léxico; faz parte do sistema linguístico, combinando-se com outras palavras, formando frases e criando textos. É nesse sentido que vejo o estudo apresentado por Lucilene e Rosângela neste livro: foca a palavra como elemento de um conjunto maior, contrapondo-se a outros elementos da língua, situados na fonologia, na sintaxe ou em outros segmentos, que a contêm ou que podem estar nela contidos. Com a ênfase no léxico, e principalmente na língua escrita, cria-se a necessidade
da fronteira para separar um segmento do outro; o fluxo contínuo da língua oral, quando traduzido para a escrita, é segmentado por espaços, muitas vezes arbitrários e totalmente imprecisos na sua colocação. A criança, por exemplo, ao adquirir a língua escrita terá que aprender que “embaixo” é uma palavra, mas “em cima” são duas; como terá também que aprender que os segmentos “lavadora” e “máquina de lavar” remetem ao mesmo referente, claramente designado no mundo, embora sejam escritos com um número diferente de palavras. A segmentação da palavra em léxico problematiza, de modo muitas vezes inesperado, a relação entre a palavra e o mundo, que deixa de ser unívoca.
Uma consequência da ênfase no léxico, com a criação de fronteiras, é também a necessidade de se estabelecer uma política de boa vizinhança com os outros segmentos da língua; o que está do lado de cá da fronteira precisa manter um bom relacionamento com o que está do outro lado, para evitar o conflito. Uma palavra é reconhecida pela sua relação com as outras palavras e até pela ordem de colocação na frase: todos sabemos, por exemplo, que “um grande homem” é muito diferente de “um homem grande”; como também sabemos que a palavra “bico” tem significados diferentes em “A criança chupou o bico” e “O passarinho machucou o bico”. A construção do sentido, com ênfase no léxico, precisa levar em consideração não só a relação com o mundo, no eixo paradigmático (bico = chupeta), mas também a relação com os outros elementos do texto, no eixo sintagmático (bico-criança).
O processo de aquisição das palavras nos dois eixos, paradigmático e sintagmático, tem sido muito estudado no desenvolvimento da língua oral, feito espontaneamente pela criança.
O mérito deste livro é trazer esta investigação para o mundo da escrita, no qual o processo de aquisição não apenas se amplia com novas aquisições lexicais, mas também se torna mais apurado, refinando significados já existentes e acrescentando novas acepções. A constatação
de que a aquisição lexical na leitura é menos espontânea do que na oralidade e precisa ser induzida dá ao livro um mérito ainda maior, na medida em que mostra como esse processo de indução pode ser conduzido pelo professor na sala de aula.
Porto Alegre, julho de 2011.
Vilson J. Leffa
domingo, 16 de setembro de 2012
Blogs/sites Interessantes
Um site muito interessante que debate com seriedade vários temas que perpassam a educação e o ensino de língua materna, entre eles a leitura, é o da Prof. Dr. Stella Bortoni. http://www.stellabortoni.com.br/. Seu último livro"Leitura e mediação pedagógica" trata justamente da leitura mediada, tema que nós aprofundamos no último capítulo do nosso livro "Aprendendo palavras através da leitura". Então, fica aí nossa sugestão de leitura para quem deseja aprofundar este tema.
O livro se propõe a "...contribuir para a ensinagem (ensino e aprendizagem) da
leitura e se insere numa lacuna pedagógica: o desenvolvimento de um
acervo de estratégias mediacionais".

sexta-feira, 31 de agosto de 2012
1º Para saber mais: indicação de leitura
Minha indicação de leitura é a Revista Signo da UNISC.

http://online.unisc.br/seer/index.php/signo
É uma revista de tradição da área de Letras e tem qualificado muito suas publicações nos últimos anos. Tem uma ampla gama de temáticas: leitura, linguística, literatura, educação, comunicação, etc. O último número é constituído de trabalhos apresentados no V Colóquio Leitura e Cognição.
Tenho dois artigos publicados na revista em parceria com a minha orientadora Prof. Dr. Rosângela Gabriel.
PESQUISAS EM AQUISIÇÃO LEXICAL ATRAVÉS DA LEITURA - Vol. 37, No 62 (2012)
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
LOCAL DE VENDA EM PORTO ALEGRE
A Livraria Acadêmica (prédio 41 PUCRS) fez hoje uma parceria para a comercialização de exemplares do livro "Aprendendo palavras através da leitura". Assim, ficará mais fácil para quem desejar adquirir exemplares do livro em Porto Alegre. A partir do dia 04 de setembro, a livraria terá exemplares a pronta entrega.
Contatos da livraria:
Fone: 51 - 33391110
E-mail: livraria@academica.com.br
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Aos participantes da 8ª Jornada de Alfabetização

Para os interessados em adquirir o livro, esclareço que apesar de morar em Santa Cruz estou na PUCRS todas as terças e quartas, o que pode facilitar a compra caso queiram realizá-la diretamente comigo (lenebender@uol.com.br). O livro também pode ser solicitado em qualquer livraria. O número de solicitações é o que determina a aquisição de exemplares para pronta entrega.
Bem, mais uma vez convido todos a participarem do blog com suas descobertas, experiências, dúvidas, comentários, etc. Meus interlocutores parecem tímidos... espero ansiosamente por outras vozes. Abraços!
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Participação na 8ª Jornada de Alfabetização - PUCRS
8ª JORNADA DE ALFABETIZAÇÃO
“O caminho da leitura:
percursos, percalços e possibilidades pedagógicas”
Dia: 27 de agosto de 2012
Hora: 8h15min às 17h
Local: Auditório do prédio 15 – PUCRS
Contatos pelo e-mail: aletra.rs@gmail.com
PROGRAMAÇÃO
8h15min – Credenciamento
8h45min – Abertura
9h – Palestra: “Os percursos cerebrais da leitura”
Mestranda Karine Monteiro (PUCRS)
10h - 10h20min - Intervalo
10h20min – Relato de pesquisa (Dra. Ana Paula Rigatti Scherer– Faculdade
Fátima, pós-doutoranda PUCRS)
10h40min– Palestra: “Construções linguísticas no percurso da leitura”
Doutoranda Lucilene Bender (PUCRS)
Nesta palestra falarei também sobre o livro "Aprendendo palavras através da leitura"
12h– Almoço
13h45min – Relato de pesquisa (Clarice Lehnen Wolff - UFRGS, doutoranda PUCRS)
14h15min - 15h30min – Mesa redonda: “Percalços no aprendizado da leitura”
Dr. Márcio Pezzini França (UFRGS) e Dra. Gabriela Freitas (SMED Porto
Alegre)
15h30min – PERGUNTAS
15h30min – Intervalo
15h50min– Palestra: “Possibilidades pedagógicas para a leitura”
Profa. Dra. Vera Wannmacher Pereira (PUCRS)
17h – Encerramento
12h– Almoço
13h45min – Relato de pesquisa (Clarice Lehnen Wolff - UFRGS, doutoranda PUCRS)
14h15min - 15h30min – Mesa redonda: “Percalços no aprendizado da leitura”
Dr. Márcio Pezzini França (UFRGS) e Dra. Gabriela Freitas (SMED Porto
Alegre)
15h30min – PERGUNTAS
15h30min – Intervalo
15h50min– Palestra: “Possibilidades pedagógicas para a leitura”
Profa. Dra. Vera Wannmacher Pereira (PUCRS)
17h – Encerramento
RELANÇAMENTO NA FEIRA DO LIVRO DE SANTA CRUZ DO SUL
- 26/08/2012
16h30min - Lançamento coletivo de publicações da EDUNISC.
Estaremos lá falando sobre o livro "Aprendendo palavras através da leitura".
Local: Praça Getúlio Vargas
- 30/08/2012
17h30
– Conversas sobre leituras – Mestrado em Letras da UNISC;
Exposição de 15 minutos sobre a dissertação "Aquisição lexical através da leitura" que deu origem ao livro;
18h30
– Lançamento e relançamento de obras da área de Letras de autoria de professores
da UNISC
Local: Casa das Artes Regina Simonis
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Palavra e pensamento
Você sabe o que é uma palavra? Certamente, você dirá que sim, mas tente
explicar o que é uma palavra. Vários teóricos já se propuseram essa tarefa,
mas poucas são as definições que conseguem abranger a complexidade
de tal conceito. A palavra é som, letra, símbolo, significado. Mas será
possível ser tantas coisas ao mesmo tempo? Para complicar ainda mais
a cabeça do leitor, vou também propor que a palavra seja pensamento e
intenção. Você já parou para pensar que para pensar você também usa
as palavras? Afinal, será que podemos pensar sem as palavras? Até que
ponto nosso pensamento é independente de nossa linguagem?
Sim, imagino que o leitor já esteja cansado de tantas perguntas, talvez
já esteja até mesmo desistindo deste texto. Mas, espere um momento.
Vamos pensar juntos. As palavras não são meros símbolos convencionais;
por meio delas significamos o mundo e nos comunicamos, elas estão
diretamente ligadas ao nosso processo de pensamento. A palavra é uma
entidade cognitiva que se materializa na voz ou na escrita, ela aponta para
possibilidades de significados que não são apenas referentes externos ao
falante, mas também internos, que compõem a sua cognição.
Um importante teórico chamado Vygotsky (1998) escreveu um livro
tratando da relação “Pensamento e Linguagem”. Segundo ele, a palavra é
uma unidade de pensamento, de generalização. Uma unidade misteriosa,
que encerra em si os limites invisíveis entre linguagem e pensamento. A
palavra, portanto, é simples no seu aspecto exterior, mas complexa no seu
aspecto interior, ou seja, cognitivo. Poderíamos comparar a palavra a uma
semente, de aspecto pequeno, mas que em seu interior carrega conteúdos
potenciais inimagináveis, pois é fruto da percepção, categorização,
generalização, emoção e da criatividade humana.
O mais interessante de tudo isso é que os significados das palavras evoluem
e são dependentes do contexto e da subjetividade humana. Os
significados não são únicos e objetivos, como aqueles que vemos nos
dicionários. As pessoas não possuem exatamente os mesmos significados
para as mesmas palavras, nem o mesmo grau de compreensão. Os
significados são construídos a partir da interação social e das realidades
mentais pessoais, dotadas de valores e graus de sentidos diferentes que
são dinâmicos e evoluem constantemente, sendo compartilhados e negociados
socialmente. Os objetos ou artefatos sociais como brincadeiras,
livros, computadores, etc. são ferramentas que constituem verdadeiros
suportes para a construção social do conhecimento humano. Os significados
das palavras são complexos: tentamos encontrá-los, mas não os
encontramos, porque eles não estão em apenas um lugar, mas distribuídos
nos lugares onde há comunicação, seja ela oral ou escrita, e distribuídos
também em redes de neurônios, em nosso cérebro. Isto não lhe parece
metafísico?
Agora pergunto a você, leitor, o que são mesmo as palavras? Se elas são
também pensamento, qual é o poder das palavras? Saber usar bem as
palavras, explorando suas potencialidades e seu poder, é uma habilidade
essencial para inúmeros profissionais, como: advogados, atores, escritores,
professores, pesquisadores, políticos, religiosos, etc. A literatura, especialmente
a poesia, é um ótimo lugar para buscarmos essa resposta, pois usa
as palavras de forma experimental e leva o leitor a também viver novas
experiências com a linguagem e o pensamento. Quer saber como? Então,
proponho-lhe um desafio, tente degustar o sabor da palavra “dançar” no
poema O bailarino, de Mário Quintana:
Não sei dançar.
Minha maneira de dançar é o poema.
Texto publicado no jornal Gazeta do Sul em maio de 2011.
Download:
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
SOBRE AS AUTORAS
Lucilene Bender de Sousa
Sou doutoranda em Letras pela PUCRS. Defendi
minha dissertação de mestrado, "Aquisição lexical através da leitura",
em 2011, no PPGL da UNISC. O livro divulgado neste blog é um recorte da dissertação,
tendo como público alvo professores de línguas, literatura e pesquisadores da
área de letras. Conclui minha graduação, também na UNISC, em 2006. Em minha
monografia de graduação, 'Um estudo sobre o processo da leitura através da
experiência com protocolos verbais", já mostrava interesse em pesquisar a
leitura. A professora Rosângela, co-autora do livro, foi minha orientadora na
monografia e dissertação de mestrado. Certamente, teve um papel muito
importante na minha formação enquanto pesquisadora. Outro fato importante para
minha formação foi a atuação como estagiária por 2 anos no projeto de mestrado
em letras da UNISC e depois, por mais 2 anos, como auxiliar administrativo no
então aprovado Mestrado em Letras, área de concentração em Leitura e Cognição.
Tive o privilégio de acompanhar de perto a construção do curso que influenciou
positivamente na escolha de meu trajeto de pesquisa.
Atualmente, dedico grade parte da semana ao
doutorado. No entanto, continuo trabalhando 20 horas semanais na rede municipal
de Santa Cruz do Sul. Atuo como professora de inglês no Cemeja onde ministro
aulas no formato de cursos que são oferecidos para a comunidade em geral,
maiores de 15 anos, com Ensino Fundamental Completo. No mesmo estabelecimento,
ministro aula para uma turma de EJA. Considero a experiência em sala de aula
engrandecedora. Os desafios teóricos e práticos proporcionam crescimento
profissional e pessoal.
Rosângela Gabriel
Sou pesquisadora e professora do Programa
de Pós-Graduação em Letras (PPGL), área de concentração Leitura e
Cognição, e do curso de Letras da Universidade de Santa Cruz do Sul
(UNISC), RS. Cursei graduação em Letras na Fundação
Alto Taquari de Ensino Superior (1993), atualmente UNIVATES. O
Mestrado em Letras, área de concentração Lingüística Aplicada, foi
realizado na PUCRS (1996), assim como o Doutorado em Letras, concluído
em 2001.
Durante os anos de 1999 e 2000, estive
realizando Doutorado-sanduíche no Departamento de Psicologia
Experimental, da Universidade de Oxford / Inglaterra, sob a orientação
do Professor Doutor Kim Plunkett, com o apoio da CAPES.
Atualmente, sou editora da revista Signo
(ISSN 1982-2014) e líder do Grupo de Pesquisa Linguagem e Cognição CNPq.
Em 2008, assumi a coordenação de Pós-Graduação
Stricto Sensu da UNISC.
Meus interesses de pesquisa priorizam a
relação linguagem e cognição, atuando principalmente nos seguintes
temas: leitura; cognição; compreensão e avaliação em leitura; aquisição
da linguagem (língua materna e estrangeira) e conexionismo.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Destaque
O livro "Aprendendo palavras através da leitura" foi indicado como leitura complementar para seleção da turma 2013 do Mestrado em Letras da UNISC. http://www.unisc.br/portal/pt/cursos/mestrado/mestrado-em-letras/inscricoes-e-selecao.html.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
ONDE COMPRAR O LIVRO
O livro Aprendendo palavras através da leitura pode ser adquirido das seguintes formas:
- Site da editora: http://www.unisc.br/portal/pt/editora/publicacoes/livros/330/aprendendo-palavras-atraves-da-leitura.html
- Site da distribuidora:http://www.institutopadrereus.com/cursos/cursos_detalhe3.asp?id=1183
- Livraria Iluminura em Santa Cruz do Sul;
- Livraria do Campus central da UNISC;
- Livraria Acadêmica em Porto Alegre: Av. Ipiranga, 6681, prédio 41 da PUCRS. (Fone: 51 - 33391110 - livraria@academica.com.br) disponível para pronta entrega a partir do dia 04 de setembro)
- Outras livrarias: se não tiver pronta entrega, é só encomendar;
- Diretamente com as autoras pelo e-mail: lenebender@uol.com.br;
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Para saber mais...
Quem quiser ler o relatório completo do INAF sobre o analfabetismo funcional no Brasil, acesse o link: http://www.ipm.org.br/download/informe_resultados_inaf2011_versao%20final_12072012b.pdf.
Leitura no Brasil
Menos de 30% dos brasileiros são
plenamente alfabetizados, diz pesquisa
**Por Amanda Cieglinski - Agência Brasil*
Apenas 35% das pessoas com ensino médio completo podem ser consideradas
plenamente alfabetizadas e 38% dos brasileiros com formação superior têm
nível insuficiente em leitura e escrita. É o que apontam os resultados do
Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, pesquisa produzida
pelo Instituto Paulo Montenegro e a organização não governamental Ação
Educativa.
A pesquisa avalia, de forma amostral, por meio de entrevistas e um teste
cognitivo, a capacidade de leitura e compreensão de textos e outras tarefas
básicas que dependem do domínio da leitura e escrita. A partir dos
resultados, a população é dividida em quatro grupos: analfabetos,
alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e
plenamente alfabetizados.
Os resultados da última edição do Inaf mostram que apenas 26% da população
podem ser consideradas plenamente alfabetizadas – mesmo patamar verificado
em 2001, quando o indicador foi calculado pela primeira vez. Os chamados
analfabetos funcionais representam 27% e a maior parte (47%) da população
apresenta um nível de alfabetização básico.
“Os resultados evidenciam que o Brasil já avançou, principalmente nos
níveis iniciais do alfabetismo, mas não conseguiu progressos visíveis no
alcance do pleno domínio de habilidades que são hoje condição
imprescindível para a inserção plena na sociedade letrada”, aponta o
relatório do Inaf 2011-2012.
O estudo também indica que há uma relação entre o nível de alfabetização e
a renda das famílias: à medida que a renda cresce, a proporção de
alfabetizados em nível rudimentar diminui. Na população com renda familiar
superior a cinco salários mínimos, 52% são considerados plenamente
alfabetizados. Na outra ponta, entre as famílias que recebem até um salário
por mês, apenas 8% atingem o nível pleno de alfabetização.
De acordo com o estudo, a chegada dos mais pobres ao sistema de ensino não
foi acompanhada dos devidos investimentos para garantir as condições
adequadas de aprendizagem. Com isso, apesar da escolaridade média do
brasileiro ter melhorado nos últimos anos, a inclusão no sistema de ensino
não representou melhora significativa nos níveis gerais de alfabetização da
população.
“O esforço despendido pelos governos e também pela população de se manter
por mais tempo na escola básica e buscar o ensino superior não resulta nos
ganhos de aprendizagem esperados. Novos estratos sociais chegam às etapas
educacionais mais elevadas, mas provavelmente não gozam de condições
adequadas para alcançarem os níveis mais altos de alfabetismo, que eram
garantidos quando esse nível de ensino era mais elitizado. A busca de uma
nova qualidade para a educação escolar em especial nos sistemas públicos de
ensino deve ser concomitante ao esforço de ampliação de escala no
atendimento para que a escola garanta efetivamente o direito à
aprendizagem”, resume o relatório.
A pesquisa envolveu 2 mil pessoas, de 15 a 64 anos, em todas as regiões do
país.
Veja quais são os quatro níveis de alfabetização identificados pelo Inaf
2011-2012:
*Analfabetos*: não conseguem realizar nem mesmo tarefas simples que
envolvem a leitura de palavras e frases ainda que uma parcela destes
consiga ler números familiares.
*Alfabetizados em nível rudimentar*: localizam uma informação explícita em
textos curtos, leem e escrevem números usuais e realizam operações simples,
como manusear dinheiro para o pagamento de pequenas quantias.
*Alfabetizados em nível básico*: leem e compreendem textos de média
extensão, localizam informações mesmo com pequenas inferências, leem
números na casa dos milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência
simples de operações e têm noção de proporcionalidade.
*Alfabetizados em nível pleno*: leem textos mais longos, analisam e
relacionam suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de
opinião, realizam inferências e sínteses. Resolvem problemas que exigem
maior planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e cálculo
de área, além de interpretar tabelas, mapas e gráficos.
**Por Amanda Cieglinski - Agência Brasil*
Apenas 35% das pessoas com ensino médio completo podem ser consideradas
plenamente alfabetizadas e 38% dos brasileiros com formação superior têm
nível insuficiente em leitura e escrita. É o que apontam os resultados do
Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, pesquisa produzida
pelo Instituto Paulo Montenegro e a organização não governamental Ação
Educativa.
A pesquisa avalia, de forma amostral, por meio de entrevistas e um teste
cognitivo, a capacidade de leitura e compreensão de textos e outras tarefas
básicas que dependem do domínio da leitura e escrita. A partir dos
resultados, a população é dividida em quatro grupos: analfabetos,
alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e
plenamente alfabetizados.
Os resultados da última edição do Inaf mostram que apenas 26% da população
podem ser consideradas plenamente alfabetizadas – mesmo patamar verificado
em 2001, quando o indicador foi calculado pela primeira vez. Os chamados
analfabetos funcionais representam 27% e a maior parte (47%) da população
apresenta um nível de alfabetização básico.
“Os resultados evidenciam que o Brasil já avançou, principalmente nos
níveis iniciais do alfabetismo, mas não conseguiu progressos visíveis no
alcance do pleno domínio de habilidades que são hoje condição
imprescindível para a inserção plena na sociedade letrada”, aponta o
relatório do Inaf 2011-2012.
O estudo também indica que há uma relação entre o nível de alfabetização e
a renda das famílias: à medida que a renda cresce, a proporção de
alfabetizados em nível rudimentar diminui. Na população com renda familiar
superior a cinco salários mínimos, 52% são considerados plenamente
alfabetizados. Na outra ponta, entre as famílias que recebem até um salário
por mês, apenas 8% atingem o nível pleno de alfabetização.
De acordo com o estudo, a chegada dos mais pobres ao sistema de ensino não
foi acompanhada dos devidos investimentos para garantir as condições
adequadas de aprendizagem. Com isso, apesar da escolaridade média do
brasileiro ter melhorado nos últimos anos, a inclusão no sistema de ensino
não representou melhora significativa nos níveis gerais de alfabetização da
população.
“O esforço despendido pelos governos e também pela população de se manter
por mais tempo na escola básica e buscar o ensino superior não resulta nos
ganhos de aprendizagem esperados. Novos estratos sociais chegam às etapas
educacionais mais elevadas, mas provavelmente não gozam de condições
adequadas para alcançarem os níveis mais altos de alfabetismo, que eram
garantidos quando esse nível de ensino era mais elitizado. A busca de uma
nova qualidade para a educação escolar em especial nos sistemas públicos de
ensino deve ser concomitante ao esforço de ampliação de escala no
atendimento para que a escola garanta efetivamente o direito à
aprendizagem”, resume o relatório.
A pesquisa envolveu 2 mil pessoas, de 15 a 64 anos, em todas as regiões do
país.
Veja quais são os quatro níveis de alfabetização identificados pelo Inaf
2011-2012:
*Analfabetos*: não conseguem realizar nem mesmo tarefas simples que
envolvem a leitura de palavras e frases ainda que uma parcela destes
consiga ler números familiares.
*Alfabetizados em nível rudimentar*: localizam uma informação explícita em
textos curtos, leem e escrevem números usuais e realizam operações simples,
como manusear dinheiro para o pagamento de pequenas quantias.
*Alfabetizados em nível básico*: leem e compreendem textos de média
extensão, localizam informações mesmo com pequenas inferências, leem
números na casa dos milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência
simples de operações e têm noção de proporcionalidade.
*Alfabetizados em nível pleno*: leem textos mais longos, analisam e
relacionam suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de
opinião, realizam inferências e sínteses. Resolvem problemas que exigem
maior planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e cálculo
de área, além de interpretar tabelas, mapas e gráficos.
SUMÁRIO DO LIVRO
Agradecimento
|
|
Prefácio
|
|
Primeiras palavras
|
|
1. Aquisição de palavras em idade escolar
|
|
1.1 Natureza cognitiva da palavra
|
|
1.2 O que significa conhecer uma
palavra
|
|
1.3 Pensando sobre as palavras
|
|
2. Aquisição de palavras e leitura
|
|
2.1 Abrindo o circuito: como não
cair no determinismo
|
|
2.2 Leitura e inferência lexical
|
|
2.3 Estratégias de inferência
lexical
|
|
2.4 Fatores que interferem no
processo de aquisição lexical
|
|
3. Aquisição de palavras através da leitura mediada na escola
|
|
3.1 O primeiro encontro:
conhecendo novas palavras
|
|
3.2 O reencontro: novos sentidos
para velhas palavras
|
|
3.3 Leitura mediada na escola
|
|
Palavras finais
|
|
Referências
|
Palavras
Quanto mais palavras eu conheço,
mais sou capaz de pensar meus
sentimentos.
Clarice Lispector
terça-feira, 7 de agosto de 2012
SOBRE O LIVRO
Nos últimos anos, diferentes avaliações (Prova Brasil, ENEM, PISA, etc.)
têm demonstrado que a compreensão leitora dos estudantes brasileiros é
insuficiente. Nossa tese é a de que o conhecimento lexical, ou melhor, a falta
desse conhecimento, seja um dos fatores do baixo desempenho em leitura. Se, por
um lado, os estudantes conhecem as palavras mais frequentes da língua,
principalmente as mais usadas na modalidade oral, por outro lado, falta-lhes o
conhecimento dos significados menos frequentes, cujos usos muitas vezes estão restritos
à modalidade escrita da língua.
O objetivo deste livro é chamar a
atenção para a forte relação existente entre o conhecimento das palavras e a
proficiência em leitura. A leitura não se resume ao processamento de palavras,
porém, esse é um nível fundamental para a compreensão dos mais diversos tipos
de texto.
Aprendendo palavras através da leitura discute de que forma a
leitura colabora para o processo de aquisição lexical e vice-versa. Além disso,
apresenta a leitura mediada enquanto metodologia de pesquisa e ensino.
Este livro destina-se a professores das mais
diferentes áreas que têm na leitura uma ferramenta importante para a construção
de conhecimentos, e também a estudantes e leitores em geral.
OBJETIVO DO BLOG
O objetivo deste blog é divulgar o livro "Aprendendo
palavras através da leitura" e discutir este e outros temas relacionados à
pesquisa em leitura, cognição e aquisição da linguagem. As mensagens do blog serão relativas ao
conteúdo do livro e links para suas principais referências bibliográficas. O
resultado dessas postagens será certamente a construção gradativa de uma base
de dados sobre o assunto.
Outro objetivo
é criar um espaço de diálogo com os leitores do livro. Gostaríamos muito de
receber o feedback dos professores sobre a metodologia de leitura mediada
descrita extensivamente no capítulo 3.
Além disso,
vamos disponibilizar links para outras publicações que temos na área de leitura
e cognição, que certamente relacionam-se direta ou indiretamente com esta
temática.
Para começar, disponibilizamos uma breve introdução ao livro.
Esperamos que todos gostem da leitura e que ela possa abrir novos horizontes
metodológicos para o trabalho em sala de aula.
Assinar:
Postagens (Atom)