quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Aquisição lexical através da leitura

A maioria dos estudos sobre a aquisição lexical em língua materna interessa-se por
investigar os primeiros 5 anos de vida, já que ao final desse período as pesquisas
apontam que as crianças já dominaram a sintaxe, fonologia e morfologia da língua, além
de possuírem um extenso léxico (SCARPA, 2003). Poderíamos considerar que o
processo de aquisição da linguagem está concluído aos 5 anos? Se não, o que ocorre
com a aquisição da linguagem após o ingresso na vida escolar? De que forma o
aprendizado da leitura e da escrita interfere no processo de aquisição da linguagem em
andamento?

PARA LER MAIS ACESSE O ARTIGO (Aquisição lexical através da leitura) COMPLETO NOS ANAIS DO SIAL (SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM), http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/anais/sial/2011/trabalhos.html

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Meus alunos não gostam de ler: o que eu faço

Meus alunos não gostam de ler: o que eu faço

Muitos professores observam que seus alunos não gostam de ler, mas não sabem por onde começar um projeto de leitura em sua escola. Esse livro disponível online http://www.iel.unicamp.br/cefiel/imagens/cursos/9.pdf tem o objetivo de ajudar no planejamento de projetos de leituras. Com uma linguagem clara e objetiva, aborda várias questões práticas envolvidas na implementação do projeto.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Ebook Compreensão e Processamento da Leitura

Compreensão e Processamento da Leitura: estudos em perspectiva Psicolinguística e interfaces

Este ebook publicado pela Edipucrs explora diversos temas relacionados ao processamento da leitura como: conhecimento de mundo, leitura em L2, estratégias de leitura, alfabetização, letramento, inferência, memória de trabalho, consciência linguística, entre outros.

http://www3.pucrs.br/portal/page/portal/edipucrs/Capa/PubEletrEbook

domingo, 28 de setembro de 2014

site Dislexia Brasil

Petição para implementação do site Dislexia Brasil na formação de professores!


Nos dias 18 a 20 de agosto, a Universidade Federal de Minas Gerais sediou o II Fórum de Mundial de Dislexia (IIWDF), cujo tema foi Políticas Públicas: abrindo caminhos para a identificação precoce e para as melhores práticas de alfabetização. Este importante evento mundial – presidido pela Profa. Ângela Maria Vieira Pinheiro e apoiado pela Unesco que disponibilizou sua sede para a realização do primeiro Fórum em Paris, em 2010 – teve como missão representar os interesses de todas as crianças, adolescentes e adultos com dificuldades de aprendizagem e reuniu 25 cientistas estrangeiros de destaque e 15 pesquisadores brasileiros.
 
O IIWDF recomendou que a versão brasileira do curso online “Conhecimentos básicos para professores – Dislexia: identificação e o que fazer”, desenvolvido pelo corpo de consultores da Dyslexia International (grande parte deles, conferencistas do IIWDF), seja adotada nos cursos de pedagogia e na formação continuada de professores no Brasil, por capacitar esses profissionais para alfabetizar, não só as crianças disléxicas, mas também crianças, adolescentes e adultos com todos os níveis de capacidade. No Brasil este curso é apresentado no site dislexiabrasil.com.br. Assim como nas suas versões antecedentes, é de acesso gratuito. A proposta consiste em apresentar a plataforma Dislexia Brasil para as autoridades da área da educação e coordenar a sua implementação, inicialmente em nível estadual e posteriormente, em nível nacional. 
 

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Reading as an ecological niche for lexicon development

Este é o resumo do trabalho que a Prof. Rosângela Gabriel e eu apresentamos no II Fórum Mundial de Dislexia.

According to previous studies (NAGY; ANDERSON, 1984; CUNNINGHAM, 2005; JOHANSSON, 2008) written texts present higher levels of lexical diversity and lexical density when compared to speech interactions. While listening to the oral reading of written texts or during autonomous reading,
the listener/reader is exposed to new words (sequences of phonemes and related concepts) appearing in relevant contexts and yet to new meanings for known words or to unexpected uses of words, as in metaphorical, idiomatic or ironical expressions. The intrinsic relationship between reading and lexical-semantic knowledge is postulated by the Matthew Effect (STANOVICH, 1986) which consists of the cumulative relationship between reading and lexical-semantic knowledge. Therefore frequent reading promotes readers lexical-semantic enrichment and, consequently, reflects in higher levels of
reading comprehension. In the present work we explore this relationship and how it can shed light on the development of teaching reading strategies. Initially, we present examples of lexical inferences built by participants while reading aloud children´s books in group with the teacher (SOUSA; GABRIEL, 2011). Secondly, strategies of meaning mediation used by the teacher in order to guide the learning of new words (labels and meanings) and new meanings for known words are presented.
Reading aloud in group can be seen as a joint attentional interaction and collective intentionality guided by the teacher in order to focus attention on new words and meanings in a meaningful context (TOMASELLO, 1999, 2014), creating an active, exploratory and interactive attitude towards reading
(KINTSCH, 1998; BECK et al. 2002).

Keywords: reading comprehension, lexical meaning inference, matthew effect, learning, teaching mediation

II Fórum Mundial de dislexia

O II Fórum Mundial de Dislexia contou com palestras, grupos de discussão e workshops fornecidos por mais de 25 renomados pesquisadores internacionais, 15 pesquisadores nacionais e por autoridades educacionais, tendo como patrona a Sua Alteza Real a Grã-duquesa Maria Teresa de Luxemburgo, embaixadora da Boa Vontade da UNESCO. Em um ambiente de alta interação entre os participantes, o evento foi uma oportunidade importante de atualização, aprendizagem e troca de informações.

No link você pode acessar os anais do evento http://dislexiabrasil.com.br/wdforum2014/
Nele você encontra textos esclarecedores sobre o que é dislexia e informações das pesquisas mais recentes sobre o tema da leitura. Vale a pena conferir.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Artigo compreensão inferencial

A compreensão inferencial de anáforas associativas por meio de frames


Neste artigo buscamos explicar o processo cognitivo inferencial que ocorre na compreensão de anáforas associativas por meio de referenciais da Psicolinguística e da Linguística do Texto. Inicialmente, apresentamos o modelo de compreensão em leitura que adotaremos para a análise e sua articulação com a teoria dos frames. Em seguida, explicamos os conceitos de inferência e anáfora associativa. Por fim, analisamos em textos de que forma ocorre o processo de inferência da anáfora associativa à luz do modelo de compreensão e da teoria dos frames.

Palavras-chave

Compreensão; Anáfora Associativa; Inferência; Frames

Artigo publicado na Revista Domínios de Lingu@agem, texto completo disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/24849

sábado, 7 de junho de 2014

Leiturabilidade textual


Trabalho apresentado na II Jornada 2ª Jornada sul-brasileira de neuropsicologia (PURCS 2014)


ANÁLISE DA LEITURABILIDADE TEXTUAL PARA A PESQUISA COGNITIVA

Lucilene Bender de Sousa
Lilian C. Hubner

A análise da leiturabilidade consiste na avaliação do nível de dificuldade da leitura dos textos. Esse é um ponto crucial para a construção de diversos tipos de experimentos psicolinguísticos que envolvem o processamento discursivo. Entretanto, os métodos utilizados para a seleção e comparação dos textos que compõem os estímulos de pesquisas cognitivas apresentam limitações. Os quantitativos, como as fórmulas de leiturabilidade, são eficientes na avaliação dos textos, especialmente as que consideram a frequência das palavras; porém, não capturam aspectos pragmáticos e a maioria foi desenvolvida para ser aplicada à língua inglesa. Entre os métodos qualitativos, o mais empregado são as avaliações por juízes que conseguem perceber importantes aspectos da linguagem ignorados pelos números e fórmulas, no entanto, contam com o forte fator subjetivo. Este trabalho apresenta o método utilizado para a análise da leiturabilidade de textos que compuseram tarefas de avaliação da compreensão leitora de alunos do último ano do Ensino Fundamental. Foram analisadas estatisticamente diversas métricas obtidas por meio do Coh-metrix do português brasileiro, entre elas: Fórmula de Flesch, frequência média e mínima de palavras, número de palavras, conectivos, verbos e substantivos. Além disso, foi aplicado o novo método de cálculo da densidade proposicional de textos desenvolvido por Chand e colegas (2012). As proposições são representações de sentido não linguísticas (KINTSCH, 1998), sendo uma proposição uma unidade de sentido. A densidade proposicional é obtida através do cálculo do número de proposições para cada dez palavras do texto. Quanto maior o número de proposições e menor o número de palavras, mais denso e complexo é o texto. Por meio desse método foi realizada a comparação da leiturabilidade dos textos empregados na avaliação da compreensão leitora, de forma a selecionar os que apresentavam nível semelhante de dificuldade. O uso do método da densidade proposicional mostrou-se uma importante complementação das métricas do Coh-metrix uma vez que prioriza a análise do conteúdo semântico do texto. Contudo, é necessário um maior número de aplicações do método à avaliação da leiturabilidade textual para que se obtenham parâmetros numéricos que sirvam como referência para a análise da complexidade proposicional dos textos em pesquisas cognitivas.


Palavras-chaves: método, leiturabilidade, métricas, densidade proposicional, pesquisa cognitiva.

Referência

CHAND, V.; BAYNES, K.; BONNICI, L.; FARIAS, S. T. A rubric for extracting idea density from oral language samples. Current Protocols in Neuroscience, unit 10, 2012.

KINTSCH, W. Comprehension: a paradigm for cognition. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.

sábado, 26 de abril de 2014

Cérebro e alfabetização

A emergência da especialização cerebral para a leitura de palavras

Ivanete Mileski
Lucilene Bender de Sousa


A ciência da leitura é ainda jovem, no entanto, o estudo dos processos cerebrais que ocorrem durante a leitura tem evoluído muito a partir do surgimento das neurociências. Se, antes, estudar a cognição da  leitura  era  quase  um  exercício  imaginativo,  hoje  temos  recursos tecnológicos como fMRI e ERP para auxiliar na desafiadora tarefa de entender o que acontece no cérebro enquanto lemos. Ao contrário do que muitos possam pensar, não estamos falando de uma ciência inacessível ou inaplicável. As poucas décadas de estudo já trazem resultados  capazes  de  auxiliar  na  educação,  indicando  caminhos  para  um ensino da leitura menos instintivo e mais efetivo.

Neste artigo, inicialmente, mencionamos o que importantes pesquisas revelaram sobre a área da forma visual da palavra, suas características  e  seu  papel  exclusivo  na  leitura.  Em  seguida,  descrevemos estudos de uma equipe de pesquisadores cujo interesse foi investigar: quando emerge a especialização da região occípito-temporal esquerda para  a  leitura;  como  ocorre  o  desenvolvimento  dessa  especialização em  crianças, adolescentes  e  adultos  saudáveis e  disléxicos;  e  em  que condições emerge essa especialização. Por fim, discutiremos as implicações pedagógicas dos resultados desses estudos.

Este é o resumo do capítulo que integra o e-book Tecendo Conexões: cognição, linguagem e leitura publicado com trabalhos apresentados na VI Conferência Linguística e Cognição e VI Colóquio Leitura e Cognição realizados na UNISC (Universidade de Santa Cruz do Sul) em 2013.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Leitura - narrativa visual

O trabalho com a leitura ultrapassa o texto escrito. Volto a lembrar a importância de ensinar e praticar a leitura de textos orais e também visuais. A compreensão é um processo cognitivo amplo que não se restringe à língua escrita. Por meio da narrativa visual, por exemplo, é possível trabalhar estratégias de leitura como a previsão e inferenciação. Pode-se também adotar uma abordagem literária e pedir para os alunos "transformarem" a narrativa visual em narrativa textual. Isso abriria espaço criativo em que se pode explorar a superestrutura da narrativa e as possibilidades linguísticas, o jogo com as palavras.
 
Aqui está uma sugestão para quem quiser começar

A Maior Flor do Mundo | José Saramago


domingo, 16 de fevereiro de 2014

Ler altera seu cérebro

Altera para melhor, claro. Ler faz com que seu cérebro fique mais ágil na arte de compreensãodo texto e ainda te transporta para dentro do corpo do protagonista. Transporta de verdade,biologicamente, como se você estivesse nadando, correndo ou fugindo.
Para descobrir, os pesquisadores da Universidade Emory convidaram 19 voluntários para o teste. Durante cinco dias, eles escanearam o cérebro de todos. A partir do sexto dia, os participantes começaram a leitura de Pompeii, de Robert Harris. Ao longo de nove dias todos tinham de ler 30 páginas por noite – e eles eram cobrados: para provar que liam mesmo, respondiam diariamente a questionários sobre a obra do autor inglês. E, todas as manhãs, eles tinham de ir até o laboratório para tirar imagens do cérebro. Ao fim do período de leitura, os cientistas ainda pediram a eles para que voltassem por mais cinco dias, para escanear outra vez o cérebro.
Bem, a maratona de exames de ressonância magnética serviu para mostrar o que acontece no cérebro de quem lê. Há um aumento entre as conexões no córtex temporal esquerdo, associado à capacidade de compreensão da linguagem. Mudanças em outras conexões sugerem ainda que o cérebro do leitor, durante um pensamento sobre a ação (durante ou após a leitura de um trecho), imite essa conectividade, como se a ação real. Ou seja, o simples fato de pensar em nadar, correr, ou pular pode desencadear as mesmas conexões neurológicas que uma atividade física.
“As alterações neuronais que descobrimos associadas com a sensação física e os sistemas de movimento sugerem que ler um romance pode transportar você para o corpo do protagonista”, explica Gregory Berns, um dos autores da pesquisa. “Nós já sabíamos que boas histórias podiam colocar você no corpo de alguém, no sentido figurado. Agora estamos vendo que alguma coisa pode estar acontecendo biologicamente”.
Os pesquisadores só não sabem dizer por quanto tempo, após o fim da leitura, esses efeitos permanecem. Pra não perder nada, melhor, então, ler um livro atrás do outro.
 30 de janeiro de 2014

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

4º Blogs/sites interessantes

Rádio Pipoca

http://www.radiopipoca.com.br/web/radio_pipoca

Nesse site encontramos narrativas em áudio para crianças e adolescentes. Há histórias,  em versão adaptada, da mitologia grega, indiana, japonesa, indígena, entre outras. É um ótimo recurso para os professores que desejam trabalhar com narrativas e expandir os conhecimentos culturais dos alunos. É claro, não se pode esquecer de trabalhar a linguagem e o vocabulário, incitando a turma a pensar e conversar sobre as palavras. Lembramos que também é importante trabalhar a compreensão de textos orais por meio de questionamentos e debates.